Convite feito e agendado, no dia 11 de março, seguimos para lá em cinco pessoas: Cida, Chi, Rubens, Del e Juvenal. O objetivo da visita era celebrar junto à comunidade dos assentados os 26 anos da conquista da terra. Chegamos para o almoço na casa da animadora Angelusia, filha de Gerusa.
Quando chegamos ao salão da
Missa, lá já estavam algumas pessoas ensaiando sob a direção de Nivaldo, o
profeta que nos acolheu com palmas e cantos.
Capela cheia, começou a festa com
apresentações musicais e teatrais. Uma professora declamou uma poesia sobre a
história da luta. O animador Nivaldo distribuía sabiamente as tarefas e
participava cantando e dançando.
Uma das leituras da celebração
foi o histórico da ocupação da fazenda Rancho Verde: a ação das famílias,
entrando no latifúndio e plantando, a reação do proprietário levando a polícia,
a solidariedade da diocese e de outros órgãos sociais em favor dos pobres. Os
presentes que participaram da luta e resistência acompanhavam vidrados a
memória dos fatos.
A missa transcorreu com muita
animação. Ao fim, toda atenção foi voltada para o bolo, grande bolo; antes de
parti-lo e reparti-lo, algumas
homenagens foram feitas e entregas de presentes aos frei Juvenal, Cida e
Rubens. A professora organizou as crianças em fila e chegou a vez da repartição
do bolo. Na frente da mesa feito altar, um monte de víveres era testemunha da
amizade e gratidão daquela gente; era destina ao frei Juvenal e a Cida, o que
nos fez refletir o seguinte. No começo da luta éramos nós, agentes pastorais
que juntávamos víveres para acudi-los. Agora eram eles que, resgatados a um
patamar digno de vida, pegavam do que eram deles para nos dar.
Voltamos encantados e
evangelizados no cair da noite. Pense na dificuldade de desligar.
Serra dos Mares, 11 de março de
2012.
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