É sempre um desafio celebrar a
Festa da Colheita, ainda maior quando o ano é castigado por uma seca tão
grande. Mas desafio existe para ser enfrentado. Começamos articulando,
motivando a participação das comunidades através de uma carta convite, comunicado
nas diversas rádios.
Os objetivos da festa as
comunidades já sabem: celebrar os dons recebidos e partilhar um pouco do que
colhemos para assegurar o trabalho das CEBs. Foi esse o jeito descoberto há
dezesseis anos para garantir a auto sustentação dos trabalhos realizados pela
Comissão, a saber: encontros da Comissão diocesana; encontros da Comissão
Ampliada, encontro de jovens das CEBs, encontro de Mulheres das CEBs,
Assembleia anual, Festa da Colheita, Natal das Comunidades, Visitas a diversas
comunidades.
O dia era 28 de outubro, o sol
logo cedo mostrava que vinha com tudo. Ainda não era 6h da manhã e já havia
movimento no Recanto Franciscano. Era necessário dar os últimos retoques. As
equipes de serviços cedo estavam a postos para cumprirem sua missão. A equipe
de animação acertava os tons das músicas com a grandiosa colaboração de Djair
que desde o início nos presenteia com o som e o teclado, Josenildo no violão,
Del na sanfona e Rubens e sua equipe no vocal. Gláucia com seu jeito de boa
comunicadora anima a platéia, faz as recomendações necessárias ao longo do dia.
Dessa junção só quem participa sabe a tamanha afinação. Além das músicas da
celebração, este ano demos um destaque ao forró em homenagem ao centenário de
Luís Gonzaga – o rei do Baião.
A celebração teve início às 10 h
com a presidência de nosso querido Frei Juvenal que tanto nos emociona com sua
mística e paixão pela construção do Reino de Deus, nos motiva e incentiva-nos
nessa caminhada apaixonante. A participação da bandinha Marcial da Comunidade de Nossa Senhora Aparecida do
Sítio Tamanduá em São Bento do Una abriu
a procissão de entrada dando um tom festivo com o toque “Eu sou feliz é na
Comunidade”. Muita animação, participação. É o momento mais alto da Festa. No
ofertório, a emoção toma conta. É a hora da partilha. Segue uma caminhada em
direção à capelinha de Nossa Senhora Aparecida construída no bosque dos jatobás
– a catedral ecológica – Lá aos pés de Nossa Senhora são ofertados sacos de
feijão e outros donativos. A oferta nos surpreendeu, apesar da seca ainda
conseguimos 11 sacos de feijão. “Deus seja louvado no pão partilhado!”
Na parte da tarde a animação
continuou com apresentações culturais, muitas músicas animadas. Concluímos com
o sorteio de alguns prêmios (celular, liquidificador, sanduicheira, cabra,
panela de pressão, faqueiro), tudo doação. As rifas foram vendidas antes e
durante a festa. Além da rifa há duas barracas de alimentos também doados em
sua maioria pelas comunidades. Assim, com o ofertório, as rifas, as vendas nas barracas,
coleta conseguimos garantir nossa caminhada. Em cada festa fazemos a prestação
de contas das entradas e saídas.
Final da tarde, despedidas e a
certeza de que o dia animou e fortaleceu a caminhada das comunidades da
diocese. As equipes continuam agora no desmanche da festa. Não mais de uma hora
tudo está em seus devidos lugares. Sensação boa de dever bem cumprido invade
nosso coração.
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