O Agrete de Pernambuco atravessa a pior seca de cinquenta anos. Para onde a vista se volta, só vê desolação. Os riachos são rasgões secos na terra, as barragens são torrões; pasto? Chão limpo. Aqui e ali vacas caídas agonizantes ou já disputadas por urubus. Dentro deste cenário macabro surgem da terra sorrisos de esperança. São as cisternas de placas, cones brancos semelhantes a cuscuz de arroz. Sim o projeto um milhão de cisternas está chegando a esse recanto do Sítio Cruz. A capela Nossa Senhora de Guadalupe se abriu para receber as dezenas de famílias que desejavam inscrever-se. Depois foi a vez das escavações. Pra todo canto buracos enormes surgiram parecendo gigantescas tanajuras estivessem preparando seus ninhos. Coordenados pela Cáritas da Diocese de Pesqueira muitos pedreiros chegavam em suas motos para o trabalho das cisternas. As famílias beneficiadas cooperavam com alimentação e trabalho de serventes. Aos poucos foram aparecendo as cisternas, sendo pintadas, ligadas as bicas do telhado.
Chegou o momento de agradecer a Deus. O dia foi o sábado 24 de fevereiro às dez horas na capela de Nossa Senhora de Guadalupe. Foi celebrada Missa presidida por Frei Juvenal e participada por coordenadores da Cáritas e famílias beneficiadas. Depois da Missa todo pessoal se deslocou para o clube de Josemir, onde foi servida feijoada e churrasco.
Agora é esperar que as chuvas venham encher as cisternas para trazer a desejada paz das famílias.
Outro
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