Sábado, 18/05 fui convidada a assistir uma reunião da Assoc. do Assentamento Baraúnas. O assentamento, apoiado pela FETAPE movimento sindical (especialmente Laelson) iniciou em 2004. A maioria das 35 famílias são da comunidade de Olho D’Água do Púcaro, também de Bandeira, nas redondezas. Muitos são parentes. No fim de 2006 recebeu do INCRA a titularidade da propriedade de mais de 900 hectares. A partir de 2007 começaram trabalhar na terra, embora as parcelas não haviam sida divididas. Incentivado por Laelson e Jacinto, começaram a participar na Formação oferecida pelo NAOP. Apicultura, Horta Orgânica, Conjuntura política, etc.
Já em 2007 receberam apoio através do STR, da AMAS e as Fundações SHARE, Krueger, para iniciar a Apicultura; a produção de mel foi bom entre 2008 e 2012, fornecendo para o PNAE de Brejo. O INCRA / IPA / STR forneceram as DAPs necessárias. A estiagem de 2012 as prejudicou, mas conseguiram manter vários enxames de abelhas nas colméias. Tudo isso, esperando pelos investimentos oferecidos pelo INCRA (dependia no Licenciamento Ambiental LA da CPRH). Finalmente em 2011 o LA foi concedido pela CPRH. Em 2012 iniciou a construção das casas (dois lotes: 19 unidades e 16 unidades), sendo 32 numa Agrovila, e 3 no outro lado do rio. As casas foram concluídas no início de 2013. Em 02 de Fevereiro houve a inauguração das casas. Em seguida foram construídas cisternas pelas famílias, do Programa Cisternas do MDS / Prorural / Polittec nas primeiras 19 casas, já concluídas em Abril e armazenando a água de chuva que já chegou. Agora estão esperando pela chegada da energia elétrica (a CELPE também demora).
Todavia, estão animadas, orgulhosas das conquistas; zelam pela limpeza. Apesar de não ter energia elétrica, muitas já estão morando lá – deixaram de pagar aluguel em São Domingos. Agora estão esperando a chegada dos investimentos, como cercado, etc. Desde 2009 estão participando no Programa Garantia Safra. A Prefeitura está fornecendo aração de terras (1 hectare / família). Irão para a Feira do Verde em Junho (dia 15) para adquirir muitas mudas para plantar ao redor das casas. Antes da estiagem já haviam plantado palma forrageiro, fruteiros como bananeiras, cajueiros, mangueiras, goiabeiras (sofreram com a seca, mas sobreviveram). A mamão e a cana de açúcar não sobreviveram. Me mostraram os quintais produtivas, com pato, galinha, horta – vi a herança da formação do NAOP. Seguem anexados fotos – todas com data. Agora a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe sinalizou que irá adquirir uma parte da Alimentação Escolar (PNAE) desta comunidade.
No sábado, Lenildo (Sec. Agric. SCC) e Irmã Teresa, estavam presentes para levantar o que poderia ser oferecida. Seria hortaliças, embora a irrigação com água de um poço no rio é com motor a óleo diesel, falta energia elétrica. É um assentamento de Reforma Agrária que está dando certo, apesar de todos os obstáculos; as forças positivos das parcerias, as potencialidades e a perseverança das famílias são maiores.
Beth
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