terça-feira, 29 de novembro de 2016

20º Festa da Colheita - Garanhuns

      O sol do fim da tarde de domingo -  dia 09 de outubro de 2016 - testemunhou quando um grupo de homens, mulheres, jovens e crianças se reuniu em um cantinho do bosque de jatobás do  recanto franciscano - Sítio Cruz, para agradecer ao Criador de tudo e de todos,  o sucesso da 20ª  Festa da  Colheita organizada pela equipe de CEBS da Diocese de Garanhuns.
           
     Olhando os trabalhadores em oração, o astro-rei procurava as marcas do cansaço nos seus semblantes, próprias dos que laboram no sol a pino, mas, no lugar delas, encontrou o olhar de satisfação de cada um a espalhar uma luz cintilante que competia com os  raios dourados  que ele - o sol - distribuíra durante todo o dia.
       
     Perguntava-se encafifado, o astro flamejante,  como era possível   haver tanta claridade naquele local, quando ele distribuidor maior da luz do dia já se recolhia?  O que alimentava aquele fenômeno luminescente que furava as copas das árvores e esticava-se em direção a alturas inimagináveis? Que  fonte de energia pulsante produzia a inusitada incandescência? Por certo, não era ele, bem sabia,  o responsável pelo prodígio.
Guardando consigo seus porquês, registrou o acontecimento como sendo um dos muitos segredos cósmicos que a ciência do mundo não conseguia explicar e,  satisfeito com sua sapiência, se escondeu por trás da serra  dos ventos, para descansar.  Antes, porém, dispensou um último "admirar" para  o aglomerado de pessoas no bosque e querendo contribuir para a beleza daquele momento,  tingiu de rosa o firmamento, contente porque  pelo menos essa proeza,  somente ele, majestosamente podia realizar.

            Ora, o que o rei, ou, imitando Francisco de Assis,  o irmão sol  não sabia era que se tivesse se demorado um tiquinho mais  naquelas paragens, logo descobriria  a causa geradora da luminosidade  que lhe causou assombro,  por que ouviria  os relatos dos que sabiam ter proporcionando momentos de alegria a uma multidão de irmãos e irmãs  que de todos os cantos da diocese chegaram naquele local, trazendo nas mãos um pouco do pouco que colheram da terra esse ano e no coração, a certeza de que seu gesto de doação iria garantir a continuidade dos trabalhos de organização, formação e acompanhamento das Comunidades  Eclesiais de Base, por pelo menos mais 365 dias.         Se não tivesse o irmão sol hora certa para se recolher, por certo, não dormiria sem saber que  os fachos de luz que se acenderam entre os jatobás,   era a esperança daquele povo  regada pelos jorros de água fresca e potável do Poço Frei Juvenal, que quando respingada sobre a multidão,  no pingo do meio-dia,  anunciou  um período de dias melhores para os que padecem junto com a terra esturricada  e revigorando-lhes o físico,  alimentou-lhes a FÉ - essa sim - , a  verdadeira e única força motriz   geradora daquela adventícia LUZ  que projetando-se em direção ao firmamento expunha ao Universo a aliança há tempos estabelecida entre o Criador e suas criaturas. 


                                                                              Gláucia Terra -  Equipe de CEBS

           





Confira mais alguns registros desse dia:


         

















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