Neste feriado da Independência, homens e mulheres que sonham com um país mais justo saíram às ruas de Garanhuns para manifestar sua indignação com tantas regalias concedidas a poucos, enquanto a maioria do nosso povo sobrevive abandonada à própria sorte. O 24º Grito dos/as Excluídos/as ecoou mais uma vez em nosso chão, tendo como lema neste ano: Desigualdade gera violência: Basta de Privilégios – Vida em Primeiro lugar.
A movimentação iniciou-se com a celebração, presidida por Dom Paulo Jackson, na Paróquia São Sebastião. Em sua homilia, o bispo diocesano fez um paralelo entre o momento atual do Brasil e aspectos históricos de Garanhuns. Lembrou da Tapera do Garcia, núcleo do povoamento da cidade, outrora em ruínas. Declarou ver o Brasil hoje como uma tapera: destruída, fragmentada e dividida. Sua restauração requer uma nova lógica de poder, baseada nas premissas do evangelho. Nele, o poder é serviço, ao passo que frequentemente vê-se hoje sua usurpação para a manutenção de benesses destinadas a verdadeiras castas.
Em seguida, agentes de pastoral da Cáritas, CEB's, Escola Fé e Política, Comissão Pastoral da Terra, Vicentinos, Pastoral da Criança, de comunidades quilombolas e de diversas paróquias, caminharam rumo à Avenida Santo Antônio empunhando faixas e cartazes e em meio a cânticos e discursos contra a injustiça e o desmonte de direitos sociais, que afetam sobretudo os mais pobres. Em diversos pontos, a manifestação foi saudada com aplausos da população e muitos se juntaram para trazer também o seu grito para a avenida.
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