Esta Assembleia mesmo sendo ordinária foi extraordinária por
dois motivos: pelos 25 anos da Fundação, primeiro motivo; segundo, pela
ocorrência dos 10 anos da morte de Pedro Aguiar, seu fundador.
Tudo planejado em reuniões
anteriores chegou o 24 de maio, o grande dia do evento esperado. Em vários
recantos das dioceses de Caruaru, Garanhuns e Pesqueira os associados se
movimentavam para chegar ao Santuário. Também no Sítio Cruz, junto ao Recanto
Franciscano Nossa Senhora de Guadalupe chegava um micro-ônibus cedido pela
prefeitura de Paranatama para conduzir os associados daqui. Alguns membros da
Comissão diocesana já seguiram na frente de automóvel. O que nossos olhos
avistaram ao transpor a porteira encheu de prazer. A tenda arrumada com bom
gosto, o altar no palco, a figura da pedra fundamental, de Pedro, do diácono
Paulo, “banner” da Irmã Ady...
Os que iam chegando se refaziam
em um suculento café e trocavam abraços alegres de boas-vindas. Todos
acomodados no salão de reunião,
iniciamos pelas dez horas a programação com o acolhimento, apresentação das
dioceses e a oração. Em seguida a presidenta Hermínia leu e projetou em tela a
prestação de contas da Fundação, que foi aprovada por todos os presentes. Seguiu-se a eleição
da nova diretoria para gerir por três anos a Fundação. Os membros presentes das
três dioceses se reuniram em lugares separados
pra discutirem e chegarem a consenso sobre os atuais diretores se
permaneciam por mais três anos (direito
que os estatutos lhes dão), ou se elegiam outras pessoas. Exceção da Diocese de Caruaru que
mudou dois membros do Conselho Fiscal, todos mais preferiram manter por mais
três anos a atual diretoria.
É importante mencionar os
depoimentos de alguns sócios fundadores e de alguns mais novos sobre passos
históricos desses vinte e cinco anos de
caminhada. Dados de crescimento na dimensão da fé, do social, da autonomia, da
consciência profética.
Concluída a eleição, confirmados
e fotografados os membros da Diretoria, passamos a preparar o tema do próximo Natal. Em cochicho com os
vizinhos, levantamos vários assuntos que pareciam importantes. Em seguida,
Toinho conduziu um processo de enxugamento, alinhados os temas parecidos com a
ajuda indispensável de nossa técnica Francielly. Cada bloco de assunto recebeu
um defensor. Ao final, por votação, venceu o bloco cujo tema era: Comunidade de
Comunidades. Esse tema é do documento 104 da CNBB que será matéria de estudo de
todas as Dioceses.
Veio o almoço para alegria de
todos e sufoco das cozinheiras que felizmente receberam ajuda de Irmã Glória e
Cida.
Na parte da tarde toda a atenção foi voltada para a Missa de Ação de
Graças e comemoração do jubileu de prata e dos dez anos da partida de Pedro. Lá
já estava o carro de som soltando música. Os convidados extras iam chegando.
Tarefas iam sendo distribuídas. Passava das três quando iniciamos a celebração,
reunidos ao redor do monumento símbolo, a pedra comemorativa dos 25 anos.
Presidindo estavam frei Juvenal, Pe. Roberto e se agregou a eles o Bispo
Anglicano Dom Sebastião Armando. Recordamos ali o simbolismo da pedra monumento
e invocamos a Trindade Santa. O ato penitencial fizemos em três momentos
circulando a atenda. Ao Glória abraçamos a tenda com um longo cordão de braços
dados, recordando a conquista inicial daqueles espaços. A seguir a missa
prosseguiu dentro da tenda. Ao ofertório foram trazidos vários símbolos de
forte impacto emotivo: o chapéu de couro de Pedro Aguiar e o livro escrito
sobre ele, o banner de Paulo e sua estola diaconal, sandálias, folder do
Santuário, agenda, livro de ata e enfim o pão e vinho para a consagração. Os
cantos eram festivamente acompanhados
por grande número de instrumentos. Ao final da missa, toda a assembleia cantou
os parabéns enquanto fazia entrada o
bolo comemorativo do evento.
Cumprida essa etapa os convidados extras
fora dispersando enquanto os sócios se preparavam para a confraternização à
noite. De repente improvisaram uma fogueira e apareceram os fogos. Rubens e
mais cantores e tocadores começaram a aquecer a noite com animadas músicas
juninas, A churrasqueira não dava vencimento às carnes, a cozinha dividiu essa
tarefa. O forró ia animado, quando a primeira leva de forrozeiros foi convidada
a pegar o ônibus de volta para Garanhuns. Baixou de tom a folia que pouco mais
durou. Restaram as brasas da fogueira e as patotinhas conversando. As risadas
mais animadas vinham da cozinha, onde um grupinho entre copos e piadas festejavam
o aniversário de Margarida.
Por Frei
Juvenal
Nenhum comentário:
Postar um comentário