Convite para a 16ª Festa da Colheita

Companheira e Companheiro de caminhada,

Graça e Paz da parte de Deus nosso Pai e de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

            Está chegando o dia bendito da grande Ação de Graças por tudo que nos concedeu o Pai e Criador neste ano de 2012: a Vida que é o maior bem que possuimos, a Esperança que deu força a nossos pés prá caminhar na direção do futuro que sonhamos. A Festa da Colheita vai ser este momento lindo de juntar noss Ação de Graças à de irmãs e irmãos de tantas comunidades dessa Diocese. O dia é 28 de outubro; o lugar é o de sempre o amado Recanto Franciscano Nossa Senhora de Guadalupe no Sítio Cruz.

            Junto com o louvor e agradecimento a Deus, você é convidado a fazer o gesto concreto da gratidão, ofertando na Missa da Festa uma parte do produto do seu trabalho, seja na roça, no emprego, negócio, ou nas lides domésticas. O bom é que o faça com alegria, como  recomenda São Paulo.

            Com estas ofertas você estará ajudando a promoção dos encontros da evangelização, capacitação, organização no Recanto Franciscano Virgem de Guadalupe e nas comunidades para onde a Comissão Diocesana é convidada. Os encoantros para animadores (as) de CEBs, Comissão Ampliada, Assembleia anual agradecem sua ajuda. Tenha por certo: o que você faz para o bem da Igreja na base (CEBs), não ficará sem a bênção e recompensa do Deus  da Vida, já o disse o profeta Malaquias (3,10-12).

            A animação no dia 28/10 começará às 8:00 h com o som de Djair e a voz de Rubens e mais vocalistas. Às 10:00 h será a Missa solene presidida por Frei Juvenal. À tarde haverá apresentações diversas e a rifa que premiará com um carneiro, um liquidificador, um celular e outros prêmios surpresa os sorteados. O bilheite custará apenas 1,00 (um real).

            Na espera de novamente nos rever e nos abraçar, aqui fica seu irmão e amigo,

Frei Juvenal

Pela Comissão Diocesana de CEBs

Comunicado

É com muita tristeza que nós da Comissão Diocesana de CEBs da Diocese de Garanhuns comunicamos o falecimento da nossa querida companheira Lídia Félix – Bina ocorrido no início desta noite (15/10). Bina é uma das mulheres que mais se destacou na caminhada das CEBs de nossa Diocese. Foi membro da Coordenação Diocesana de Pastoral, da Comissão diocesana de CEBs e da Comissão regional de CEBs. Muito comprometida com as lutas sociais, participando ativamente de associações, sindicatos, conselhos municipais.

 Descanse em paz companheira!!!

"A coragem é o que dá sentido à liberdade"

(*) Carta escrita pela filha de José Genoino.

Com essa frase, meu pai, José Genoino Neto, cearense, brasileiro, casado, 
pai de três filhos, avô de dois netos, explicou-me como estava se sentindo em relação à condenação que hoje, dia 9 de outubro, foi confirmada. Uma frase saída do livro que está lendo atualmente e que me levou por um caminho enorme de recordações e de perguntas que realmente não têm resposta.

Lembro-me que quando comecei a ser consciente daquilo que meus pais tinham feito e especialmente sofrido, ao enfrentar a ditadura militar, vinha-me uma pergunta à minha mente: será que se eu vivesse algo assim teria essa mesma coragem de colocar a luta política acima do conforto e do bem estar individual? Teria coragem de enfrentar dor e injustiça em nome da democracia?

Eu não tenho essa resposta, mas relembrar essas perguntas me fez pensar em muitas outras que talvez, em meio a toda essa balbúrdia, merecem ser consideradas...

Você seria perseverante o suficiente para andar todos os dias 14 km pelo sertão do Ceará para poder frequentar uma escola? Teria a coragem suficiente de escrever aos seus pais uma carta de despedida e partir para a selva amazônica buscando construir uma forma de resistência a um regime militar? Conseguiria aguentar torturas frequentes e constantes, como pau de arara, queimaduras, choques e afogamentos sem perder a cabeça e partir para a delação? Encontraria forças para presenciar sua futura companheira de vida e de amor ser torturada na sua frente? E seria perseverante o suficiente ao esperar 5 anos dentro de uma prisão até que o regime político de seu país lhe desse a liberdade?

E sigo...

Você seria corajoso o suficiente para enfrentar eleições nacionais sem nenhuma condição financeira? E não se envergonharia de sacrificar as escassas economias familiares para poder adquirir um terno e assim ser possível exercer seu mandato de deputado federal? E teria coragem de ao longo de 20 anos na câmara dos deputados defender os homossexuais, o aborto e os menos favorecidos? E quando todos estivessem desejando estar ao seu lado, e sua posição fosse de destaque, teria a decência e a honra de nunca aceitar nada que não fosse o respeito e o diálogo aberto?

Meu pai teve coragem de fazer tudo isso e muito mais. São mais de 40 anos dedicados à luta política. Nunca, jamais para benefício pessoal. Hoje e sempre, empenhado em defender aquilo que acredita e que eu ouvi de sua boca pela primeira vez aos 8 anos de idade quando reclamava de sua ausência: a única coisa que quero, Mimi, é melhorar a vida das pessoas...

Este seu desejo, que tanto me fez e me faz sentir um enorme orgulho de ser filha de quem sou, não foi o suficiente para que meu pai pudesse ter sua trajetória defendida. Não foi o suficiente para que ganhasse o respeito dos meios de comunicação de nosso Brasil, meios esses que deveriam ser olhados através de outras tantas perguntas...

Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação? Se sentiria feliz, praticamente em êxtase, em poder noticiar a tragédia de um político honrado? Acharia uma excelente
ideia congregar 200 pessoas na porta de uma casa familiar em nome de causar um pânico na televisão? Teria coragem de mandar um fotógrafo às portas de um hospital no dia de um político realizar um procedimento
cardíaco? Dedicaria suas energias a colocar-se em dia de eleição a falar, com a boca colada na orelha de uma pessoa, sobre o medo a uma prisão que essa mesma pessoa já vivenciou nos piores anos do Brasil?

Pois os meios de comunicação desse nosso país sim tiveram coragem de fazer isso tudo e muito mais.

Hoje, nesse dia tão triste, pode parecer que ganharam, que seus objetivos foram alcançados. Mas ao encontrar-me com meu pai e sua disposição para lutar e se defender, vejo que apenas deram forças para que esse genuíno homem possa continuar sua história de garra, HONESTIDADE e defesa daquilo que sempre acreditou.

Nossa família entra agora em um período de incertezas. Não sabemos o que virá e para que seja possível aguentar o que vem pela frente pedimos encarecidamente o seu apoio. Seja divulgando esse e/ou outros textos que existem em apoio ao meu pai, seja ajudando no cuidado a duas crianças de 4 e 5 anos que idolatram o avô e que talvez tenham que ficar sem sua presença, seja simplesmente mandando uma palavra de carinho. Nesse momento qualquer atitude, qualquer pequeno gesto nos ajuda, nos fortalece e nos alimenta para ajudar meu pai.

Ele lutará até o fim pela defesa de sua inocência. Não ficará de braços cruzados aceitando aquilo que a mídia e alguns setores da política brasileira querem que todos acreditem e, marca de sua trajetória, está muito bem e muito firme neste propósito, o de defesa de sua INOCÊNCIA e de sua HONESTIDADE. Vocês que aqui nos leem sabem de nossa vida, de nossos princípios e de nossos valores. E sabem que, agora, em um dos momentosmais difíceis de nossa vida, reconhecemos aqui humildemente a ajuda que precisamos de todos, para que possamos seguir em frente.

Com toda minha gratidão, amor e carinho,
Miruna Genoino
09.10.2012

Curso de liturgia rumo ao 13º Intereclesial

      

  Gostaria de partilhar com o Regional NE II. o curso de liturgia rumo ao 13º Intereclesial de CEBs, que foi místico e profundo com o tema "Justiça e Profecia a Serviço da Vida". O curso aconteceu nos dias 28 a 30 de setembro 2012, na diocese de Crato-CE. Podemos destacar a diocese pela acolhida fraterna, solidária e preocupada com o bem estar de todos.

Estavam presentes pessoas de todos os estados desse lindo Brasil. Fomos recebidos pelo Bispo Dom Fernando Panico que nos abraçou dizendo: " quero transparecer a alegria pela presença de todos".

 

Liturgia momento culminante de um Intereclesial é o cume e a fonte de toda ação da vida da Igreja e por isso nos motiva a beber na fonte de Jesus. No Intereclesial vamos ao encontro dessa água viva como povo que tem sede, que passa pelo problema da seca, contexto geográfico, climático, pastoral e nos motiva a celebração litúrgica da nossa Igreja. Sairmos daqui com a ideia arrumadinha da liturgia como celebração pascal de Cristo que manifesta vida, realidade, esperança de Igreja que caminha, Igreja romeira, "Dimensão romeira " povo que caminha buscando justiça a serviço da vida, oferecer na liturgia manancial da água viva em Cristo. Faz parte do 13º Intereclesial fazer da liturgia a expressão maior da vida da Igreja."

Foram três dias de conteúdo sempre ressaltando o sentido maior da liturgia. Partindo do conceito, Liturgia vem do grego e significa "Prestação de serviço comunitário". O assessor Frei José Ariovaldo, nos levou a refletir que Deus é o modelo consumado do perfeito liturgo,

prestador de serviço. O amor-serviço de Deus é uma história sem fim. Pela liturgia, como celebração do mistério pascal, nós nos tornamos discípulos missionários de JESUS CRISTO nosso salvador, para que todos tenham vida e vida em abundância. Todo ambiente criado, preparado, planejado partilhado pelos padres Marcelino e Ivo, enriquecido pela acolhida do

Padre Vileci (nosso anfitrião e guia local) e pela participação de todos nós em mutirão, deixa a certeza do nosso compromisso rumo ao 13º Intereclesial, clamando e celebrando a " justiça e profecia a serviço da vida" que começa aqui e agora.

Nos despedimos, cientes e comprometidos com o desafio que temos pela frente, que é o de dar visibilidade a essa nova Igreja sinal de esperança e profetismo nos dias de hoje. 

Amém, axé, auerê, a l e l u i a.

"Mais que comum dos dias, olhei o mais que pude os rostos dos pobres,

gastos pela fome, esmagados pelas humilhações, e neles descobri teu

rosto, CRISTO RESSUSCITADO " Dom Hélder Câmara.

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Texto de : Maria das Chagas de Medeiros