sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A Sociedade do Bem Viver é tema do ultimo módulo de 2018 da Escola Fé e Política de Garanhuns

Nos dias 08 e 09 de dezembro, o Recanto Franciscano, no Sítio Cruz, acolheu mais uma vez os integrantes da sexta turma da Escola Fé e Política Irmãos Juvenal Bomfim e Gabriel Hofstede para a realização do último módulo de 2018. “A Sociedade do Bem Viver” foi o tema escolhido para a conclusão dos trabalhos. 

   
Sob a assessoria de Francielly Falcão, iniciou-se a reflexão acerca da responsabilidade de cada um na construção de uma realidade diferente da que temos hoje: excludente, calcada no individualismo e numa relação predatória com a natureza. Uma mudança profunda no modelo de desenvolvimento que temos hoje, passa pela adoção de uma preocupação que vai além do próprio umbigo, mas alcança o outro, seja gente, seja bicho, seja planta, seja rio…
Como se vê, proposta plenamente afim ao evangelho, que nos pede o mesmo em outros termos: amar o próximo. Uma verdadeira utopia que sempre encontra espaços onde se manifestar, ainda que de forma incipiente.

   
A turma não precisou andar muito para ver ali pertinho, na propriedade cuidada por Getúlio e Aline, Arnaldo e Rosilda, uma experiência de respeito à natureza e aproveitamento racional dos recursos por ela ofertados. Ali, agrotóxicos não são bem-vindos. Tampouco a ditadura que impera entre os vizinhos, viciados na monocultura. O resultado é um espetáculo de formas e cores que é de alegrar os olhos e encher a alma de esperança de ver, algum dia, todos aqueles pequenos produtores adotarem postura idêntica.
   

À noite, na festa da animada e participativa Comunidade de Nossa Senhora de Guadalupe, também houve tempo para a entrega dos certificados aos 10 concluintes desta jornada formativa que durou todo o ano.
O domingo foi reservado para a apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos formandos em suas bases. Tivemos experiências de intervenção inspiradoras como o primeiro encontro sobre segurança nas comunidades rurais, ações de cidadania e cuidado com o lixo, acompanhamento do movimento de famílias prejudicadas pela instalação de torres eólicas, monitoramento e cobrança de autoridades frente a problemas com o esgotamento sanitário e adesão do método ver, julgar, agir na atividade político-partidária e na própria atuação no serviço público.


Por fim, houve momentos para avaliação partilhada e memória da caminhada, na certeza de que o desafio, ora findo, precede outros tantos que se avizinham.


Por Luciano Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário