terça-feira, 19 de junho de 2012

Um pouco do Encontro latinoamericano de CEBs

Somos um grupo de 8 pessoas participando da articulação de CEBs na cidade de San Pedro Sula em Honduras. Estamos esperando mais brasileiros para o 9º encontro de CEBs da América Latina e Caribe que começa dia 16 a 21 de junho.
Temos também a presença de José Marins e Teo. Ontem refletimos sobre a inculturação como um novo paradigma de evangelização na pátria mama. Civilização e cultura são campos de conflito na sociedade continental e a romanização na Igreja. Fica claro que precisa-se superar um culturalismo romântico e defender a inculturação, mostrando que existem outras alternativas e caminhos como resposta as demandas do tempo presente. Neste sentido, a missão é pela conquista da América como lugar do diálogo e relação intercultural no campo da evangelização numa atitude ecumênica. Pois, não podemos aceitar a mudança do mundo sem a nossa participação. Percebe-se que na América Latina se dá uma reconfiguração religiosa, cultural e social. Mais que adesão, se firma um cristianismo na busca da justiça, da paz e do amor. E isso está vinculado ao fenômeno da migração que reconfigura as identidades e as relações étnicas a nível internacional e no interior dos países.
E na América Latina se trata de uma realidade com a qual convivemos sempre como espaço multicultural e muito étnico (DA 56 e 57). A inculturação não é só uma questão de justiça frente aos povos, mas necessária para não sucumbir a verdade cultural frente aos novos neocolonizadores da globalização neoliberal. Em América Latina cresce o grito contra a desigualdade, dada as demandas dos grupos indígenas e afroamericanos que resistem a entregar suas tradições milenares a globalização neocolonizadora e avassaladora. Neste dia de encontro, estamos tratando do relançamento das CEBs no continente dada nestes quatros anos de caminhada. Vimos que o 12º Intereclesial no Brasil foi o marco deste relançamento para revitalizar as CEBs, tendo como fruto o doc. 92 da CNBB e o 13º nos faz ver que precisamos discutir mais na América Latina a relação CEBs e Religiosidade Popular.
E a pergunta que nos inquieta em toda América é como trabalhar estratégicas de missão frente a uma estrutura de Igreja e firmar redes de comunidades nas dioceses e paróquias como nos pede Aparecida.

Pe Vileci B. Vidal - Coord. 13º Intereclesial 



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